Produção da Marcopolo cresce 84,6% no terceiro trimestre de 2022

A normalização da produção e de vendas no mercado brasileiro de ônibus permitiu que a companhia atingisse recorde de receita trimestral que chegou a R$ 1,5 bilhão

A Marcopolo registrou a fabricação de 4.079 veículos no terceiro trimestre de 2022, com crescimento de 84,6% em relação ao mesmo período de 2021.O destaque do trimestre foi o aumento da participação de mercado no segmento de rodoviários pesados no Brasil, que está associado às atividades de turismo e linhas de longa distância. Esse mercado respondeu por 60% da produção da Marcopolo de rodoviários no país, enquanto no mesmo período de 2021 foi de 11%. O bom momento refletiu no crescimento de 3,6 p.p. no market share da companhia para o segmento.

No trimestre, a participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de carrocerias foi de 53,1% no 3T22. A receita operacional líquida total de R$ 1,516 bilhão no trimestre, um incremento de 100,1% ante o mesmo trimestre de 2021. O valor representou um recorde trimestral para a companhia, com uma demonstração de mudança de ambiente de vendas e confiança dos clientes no pós-pandemia. Nos nove meses do ano, a receita operacional líquida foi de R$ 3,626 bilhões frente aos nove meses de 2021, quando o valor total foi de R$ 2,415 bilhões, com uma variação de 50,2%.

O lucro bruto consolidado chegou a R$ 232,2 milhões no terceiro trimestre de 2022, com margem de 15,3%, aumento de 222,5% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação do acumulado do ano, o lucro bruto cresceu 104,1% e chegou aos R$ 475,8 milhões. O resultado é justificado pelo melhor ambiente de mercado no pós-pandemia, com a evolução do mix de vendas, acréscimo de volumes de produtos com maior valor agregado e recuperação de margens por meio do repasse de custos, segundo a Marcopolo.

O balanço mostra ainda um Ebitda de R$ 90,5 milhões no terceiro trimestre, com margem de 6%, versus um Ebitda de 95,1 milhões e margem de 12,6% no 3T21. No terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda teria sido de R$ 6 milhões negativos e margem de -0,8% ao desconsiderar os efeitos das ações tributárias que beneficiaram os resultados naquele momento. O lucro líquido consolidado do terceiro trimestre de 2022 foi de R$ 56,7 milhões, com margem de 3,1%, contra um resultado de R$ 107,1 milhões e margem de 14,1% no mesmo período do ano anterior.

“Os resultados demonstram a recuperação da produção na indústria brasileira de ônibus no período e nos aproxima dos volumes pré-pandemia, comparados ao ano passado. A ausência de impactos significativos associados à falta de componentes e de chassis contribuiu com o crescimento acelerado das operações domésticas da Marcopolo. Essa normalização gradual traz boas perspectivas também para o último trimestre de 2022”, avalia José Antonio Valiati, CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo.

Para o segmento de urbanos, as perspectivas da companhia são boas, com investimentos diretos do poder público e a venda de veículos de maior valor agregado, incluindo modelos elétricos e articulados. A exploração de novos modais também é considerada pela empresa, por meio da Marcopolo.

O programa Caminho da Escola apresentou bom desempenho no período, com 1.221 unidades entregues, destes 736 urbanos e 293 modelo Volare – associados à licitação de 2021 – e 87 urbanos, 52 micros e 53 modelo Volare da licitação de 2022. A companhia espera entregar um pequeno volume remanescente da licitação de 2021 no último trimestre do ano, com as entregas da licitação de 2022 ganhando tração.

Exportações

As exportações da Marcopolo mostraram forte reação no trimestre, foram 1.321 ônibus enviados para o mercado externo, volume que apontou um crescimento de 96% em comparação ao mesmo período de 2021. A receita líquida consolidada de exportação do Brasil representou R$ 389,4 milhões, 25,7% da receita registrada pela companhia no trimestre. Nos nove primeiros meses do ano, a receita de exportações do Brasil foi de R$ 733,1 milhões, um aumento de 82,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

A companhia prevê a manutenção dos volumes com a reabertura do pós-pandemia e vendas incentivadas pelo sucesso do lançamento da Geração 8 de ônibus rodoviários.

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