Produção de ônibus avança 18,8% de janeiro a maio

Em licenciamentos, de janeiro a maio de 2022, a queda no mercado de ônibus foi de 3,3% em comparação aos primeiros cinco meses do ano passado

Márcia Pinna Raspanti

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a maio de 2022, a produção de ônibus no Brasil avançou 18,8%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros cinco meses do ano, foram produzidos 10.340 ônibus, enquanto, no ano passado, foram 8.702.

Na comparação de maio de 2022 com o mês anterior, foi registrado um crescimento de 85,4%, com produção de 3.013 chassis em maio e 1.625 chassis em abril. Na comparação entre maio de 2022 com o mesmo mês de 2021, houve alta de 82,2%.

Por segmento, no acumulado do ano, a produção de ônibus rodoviários apresentou alta de 53,5%, com 1.415 chassis de ônibus em 2022, enquanto em 2021, foram 922. O segmento de urbanos cresceu 14,7% em relação aos cinco meses do ano anterior, com 8.925 veículos produzidos neste ano, em relação aos 7.780 no ano passado.

Em licenciamentos, de janeiro a maio de 2022, a queda no mercado de ônibus foi de 3,3% na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado. Foram licenciados 5.905 chassis de ônibus até maio deste ano e 6.108 no ano passado. Quando a comparação é entre maio de 2021 e maio de 2022, a queda registrada foi de 9,2%.

Recuperação-

Para Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, não houve mudança nas tendências que vinham sendo observadas nos últimos meses. “O segmento vem se recuperando. Houve impactos da crise logística e de abastecimento, mas como as entregas são realizadas um bom tempo após as negociações, e feitas geralmente de forma fracionada, tem sido possível para as empresas se planejarem, driblando, de certa forma, essa crise”, comentou.

Bonini destacou ainda que a capacidade instalada da indústria tem condições de atender a demanda do mercado, mesmo com os problemas de abastecimento de componentes, semicondutores e pneus. Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, ressaltou que as fabricantes de ônibus têm investido bastante para corresponder às expectativas do mercado. “Com certeza, temos capacidade para atender a demanda atual e também a que está por vir.”

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