A Marcopolo apresentou o seu primeiro ônibus 100% elétrico, o Marcopolo Attivi, desenvolvido no Brasil em parceria com fornecedores nacionais, inclusive baterias e componentes eletroeletrônicos.
De acordo com o CEO da Marcopolo, James Bellini, a eletromobilidade é um dos pilares da estratégia da companhia. “O desenvolvimento do novo ônibus 100% elétrico amplia as possibilidades da companhia e sua atuação no desenvolvimento de modais com foco na sustentabilidade, a fim de ampliar as alternativas à mobilidade urbana do país”, diz o executivo.
O primeiro ônibus elétrico produzido pela Marcopolo tem 13,25 metros de comprimento, capacidade total para 89 passageiros e autonomia de cerca de 250 quilômetros. Possui motor central WEG de 395 kW de potência e 2.800 Nm de torque, e conjunto de baterias fornecido pela chinesa CATL e apoio da brasileira Baterias Moura para assistência local, que pode ser recarregado em até quatro horas.
Segundo Luciano Resner, diretor de operações industriais, o novo ônibus elétrico é resultado do foco da empresa em oferecer soluções e produtos com ênfase na mobilidade sustentável e na preservação ambiental. “Aplicamos no Attivi toda a experiência adquirida na produção de veículos com tecnologias sustentáveis para garantir um veículo de emissão zero e que atende as normas globais de segurança”, destaca.
Entre os parceiros nacionais destacam-se a Dana, Meritor, Metalsa, Suspensys e fornecedores dos componentes de chassi e powertrain, além de sistemas eletrônicos da WEG e Baterias Moura. A infraestrutura de recarga será fornecida como solução completa para a operação do cliente.
“É importante para os nossos potenciais clientes poder contar com o pacote completo de serviço, desde o veículo e sua manutenção, assim como a infraestrutura de recarregamento, incluindo a possibilidade de ter consultoria especializada da Marcopolo para projetos de mobilidade, até a implantação da operação pois ainda não é uma realidade no Brasil e em diversos outros mercados”, explica Luciano Resner.
De acordo com a Marcopolo, o sistema de recarga para veículos comerciais elétricos está em pleno desenvolvimento no Brasil, mas ainda deverá levar até dois anos para que a infraestrutura permita que um operador de transporte possa adotar uma frota totalmente elétrica.