Sonia Moraes
As exportações de autopeças apresentaram aumento de 28,6% em setembro no comparativo com o mesmo mês de 2020, totalizando US$ 627,4 milhões. As importações avançaram 149,6%, atingindo US$ 1,55 bilhão. Com esse resultado as fabricantes registraram déficit mensal de U$ 922,5 milhões, segundo informações do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações tiveram um incremento de 30,8% em relação aos nove meses de 2020 e atingiu US$ 5,01 bilhões, enquanto as importações aumentaram 122,6% sobre o mesmo período de 2020, acumulando US$ 12,79 bilhões.
Com esse resultado, o déficit comercial das empresas foi de US$ 7,7 bilhões até setembro, com alta de 306,8% sobre o mesmo período de 2020, superando a estimativa feita pelo Sindipeças para 2021 de que o déficit das fabricantes de autopeças chegaria a US$ 3,39 bilhões, com importações de US$ 9,74 bilhões (19,2% a mais que em 2020) e exportações de US$ 6,35 bilhões (17,2% abaixo do ano anterior).
Do total exportado até setembro para 205 mercados, os principais foram a Argentina, com US$ 1,5 bilhão, 90,2% a mais que janeiro a setembro de 2020, garantindo 30% de participação. Na sequência aparece os Estados Unidos, com US$ 899,5 milhões, 22% acima dos nove meses de 2020 e 17,9% de participação, e o México, que absorveu US$ 540,3 milhões, 10,3% a mais que no mesmo período do ano anterior, ficando com 10,8% do total.
Nas importações provenientes de 183 mercados, a China se mantém em destaque, com US$ 2,04 bilhões, 98,4% a mais que nos nove meses de 2020 e 16% de participação nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,41 bilhão, 129,7% superior a janeiro e setembro de 2020 e 11,1% de participação. A Alemanha teve 10,7% de participação, com o total de US$ 1,36 bilhão, 118,8% a mais que no mesmo período do ano anterior, segundo o Sindipeças.