Os emplacamentos de veículos automotores, considerando todos os segmentos automotivos, encerraram o mês de julho próximo da estabilidade, na comparação com junho (baixa de 0,02%), de acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O segmento de ônibus é um dos que mais tem sofrido os impactos da pandemia, já que a restrição de circulação de pessoas fez com que as empresas de transporte cancelassem ou adiassem investimentos em renovação ou ampliação de suas frotas.
No acumulado do ano, de janeiro a julho de 2021, o emplacamento de ônibus registrou crescimento de 11,33% em relação ao ano anterior. Em relação ao mês anterior, houve recuo de 11,5%; na comparação com julho de 2020, a queda foi de 17,49%.
“Ao menos, os números no acumulado do ano são superiores aos do mesmo período de 2020. Acredito que o avanço da vacinação e a consequente flexibilização das quarentenas poderão provocar reflexos positivos neste segmento, mas, enquanto isso não acontecer, muitas empresas continuarão em compasso de espera”, analisa Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.
Os segmentos de comerciais leves, motocicletas, caminhões e implementos rodoviários registraram alta no mês de julho e no acumulado dos sete primeiros meses de 2021 sobre o mesmo período do ano passado. Já o volume de automóveis emplacados, conforme ranking histórico, registrou o pior mês de julho desde 2005. A explicação é a escassez de produtos nas concessionárias, por conta das dificuldades que a indústria enfrenta para a obtenção de peças e componentes.