Sonia Moraes
A indústria de pneumáticos vendeu 703.321 pneus para veículos pesados, em junho, o que representa 6,1% a mais em relação a maio, quando foram comercializados 662.698 produtos no mercado brasileiro, segundo o balanço divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
No acumulado de janeiro a junho de 2021, a quantidade de pneus para o segmento de pesados comercializada no país atingiu 4,03 milhões de produtos, 33,8% superior aos 3,01 milhões vendidos no primeiro semestre de 2020.
Do total de pneus para este mercado vendidos até junho, 3,09 milhões foram destinados ao mercado reposição, 30,07% superior aos 2,38 milhões repassados no primeiro semestre de 2020. As montadoras receberam 937.774 pneus, 47,9% acima dos 633.902 produtos comercializados de janeiro a junho de 2020.
Importação e exportação –
Nas transações internacionais o setor de pneumáticos acumulou, de janeiro a junho de 2021, um déficit de US$ 33,2 milhões, com a importação de US$ 533,3 milhões (60,1% a mais que janeiro a junho de 2020) e a exportação de US$ 500,3 milhões (24,6% superior aos seis meses de 2020). No primeiro semestre de 2020, o setor havia fechado com superávit de US$ 68,5 milhões na balança comercial, ao exportar US$ 401,6 milhões e importar US$ 333,1 milhões, segundo a Anip.
Em unidades, as fabricantes acumularam, de janeiro a junho, um saldo negativo de 15,87 milhões de pneus, com a importação de 23,21 milhões de produtos (135,7% a mais que no mesmo período de 2020) e a exportação de 7,34 milhões (55,3% a mais que nos primeiros seis meses de 2020).
Todos os segmentos –
Incluindo todos os segmentos que são abastecidos pela indústria nacional (automóveis, veículos comerciais leves, pesados e motos) a venda de pneus atingiu 4,58 milhões em junho, um pouco acima 4,55 milhões de pneus vendidos em maio deste ano.
De janeiro a junho, as fabricantes acumularam a venda de 28,24 milhões, crescimento de 37,7% sobre o mesmo período de 2020, quando foram vendidos 20,52 milhões de pneus no país.
“Os mercados ainda passam por certo descompasso, no qual parte dos nossos clientes sofrem com a falta de oferta de insumos na produção, causando redução em nossas vendas. No mesmo momento temos clientes ainda repondo seus estoques. Já se avizinha um possível arrefecimento da demanda para o segundo semestre, consequência da equalização dos diversos mercados”, analisa Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip.