Sonia Moraes
A Busscar vendeu 270 ônibus rodoviários para o grupo JCA. Esta negociação fechada em fevereiro deste ano inclui 100 modelos El Bus 320 L, com motor dianteiro para linhas curtas e fretamento; 50 Vissta Buss Double Decker; e 120 Vissta Buss 360 – com chassis Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen.
“Começamos a entregar em maio o primeiro lote com 70 ônibus, e depois a programação segue com entregas mensais de 50 carros até setembro deste ano”, informou Paulo Corso, diretor comercial da empresa à revista Technibus. Os novos ônibus vão operar na 1001, Opção, Cometa e Catarinense, as empresas do grupo.
Mesmo com todo impacto que o mercado de ônibus vem enfrentando com a pandemia da Covid-19 a marca Busscar segue em trajetória de crescimento. “Conseguimos melhorar a nossa performance de vendas na metade do ano passado e alcançamos 15% de market-share no Brasil e 17% na exportação até março. Esse é um bom indicativo para a empresa que há dois anos retomou a produção de ônibus rodoviário”, disse Corso.
Exportação –
Na exportação, o Chile tem sido o principal parceiro da encarroçadora brasileira. “Quando iniciamos a produção dos ônibus rodoviários Busscar em 2019 contratamos várias empresas para representante comercial na América do Sul e a Vivipra foi a escolhida no Chile, mercado que sempre teve grande demanda por ônibus fabricados no Brasil”, revelou Corso.
Para o Chile, a encarroçadora exportou 50 ônibus rodoviários em 2019, primeiro ano de operação da empresa. “Em 2020 exportamos 120 ônibus e em 2021 já temos comprometido para o ano a produção de 100 veículos que serão destinados ao mercado chileno”, informou Corso.
Entre os modelos de ônibus rodoviários que produz, o Vissta Buss 340 está em primeiro lugar nas exportações para o Chile, seguido pelo Vissta Buss Double Decker e o Vissta Buss 360. Lá os ônibus Busscar são usados para o serviço rodoviário e de fretamento no transporte de pessoas que trabalham em minas de cobre. “No Chile, é comum as empresas usarem o Vissta Buss 340 e o Vissta Buss Double Decker para levar os funcionários até as minas”, disse Corso.
Em pequenas quantidades os ônibus Busscar também foram exportados para o Uruguai e a Guatemala. “Os demais países da América do Sul, como a Argentina, Equador, Peru e Paraguai, por estarem mergulhados em problemas e enfrentando muitas dificuldades, não estão comprando ônibus neste momento”, disse Corso.
Sobre o impacto que a Covid-19 causou em vários setores no país, Corso comentou que estamos vivendo um momento complicado no mercado de ônibus por causa da pandemia e difícil de tomar decisões. “A expectativa é que avance o programa de vacinação para que a vida volte ao normal e os passageiros de ônibus rodoviários comecem a se movimentar.”
Mesmo com as dificuldades enfrentadas neste período de pandemia, o diretor da Busscar está confiante que o setor de transporte de passageiros ainda tenha boa movimentação neste ano. “Esperamos que a melhora aconteça a partir de agosto e, em todo o mercado de ônibus, o setor de fretamento poderá ter o melhor desempenho”, prevê o diretor.