A Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) manifestou publicamente a insatisfação do setor com o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei 3364/2020 que prevê uma ajuda emergencial de R$ 4 bilhões aos sistemas de transportes públicos. Para a entidade, causa estranheza o argumento de que a medida seria “de contrariedade ao interesse público”, pois o transporte público é um serviço essencial e um direito constitucional.
Destacando que o projeto foi amplamente discutido pelas entidades ligadas ao transporte público e pelo próprio governo, o presidente da Fabus, Rubem Bisi, questionou:
“Quem perde nesta situação? Quem perde é o cidadão comum que paga e usa o transporte público, que deverá sofrer uma limitação de horários, de qualidade de serviços, e um possível apagão dos sistemas estruturados de transporte, e consequentemente os que usam as gratuidades do transporte também vão ser impactados por uma possível falta de oferta dos serviços”.
A Fabus “apela ao Congresso Nacional que avalie a proposta com a atenção e a urgência merecidas, devido à “gravidade da situação e de um possível apagão nos sistemas de transportes que deverão ser suportados pelos novos prefeitos que irão assumir no dia 1º de janeiro de 2021”, pontuou a entidade.
Cabe destacar que o veto feito pelo presidente Bolsonaro precisa ser analisado pelo Congresso Nacional, que pode decidir mantê-lo ou derrubá-lo.