O setor, que passa por crise financeira há seis meses, aguarda a votação do projeto de lei 3364/2020, que trata do socorro emergencial de R$ 4 bilhões ao transporte público, no Senado Federal. O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 26 de agosto e até o momento não entrou na agenda do Senado.
A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), entidade que representa os operadores brasileiros de metrô, trem urbano e VLT, reforça a importância da aprovação do socorro emergencial ao setor para que não haja comprometimento do atendimento à população.
“O mundo passa por uma crise sem precedentes diante da pandemia e é necessária a união de esforços para a recuperação dos setores. Na área de transporte público, os operadores metroferroviários realizaram todos os ajustes possíveis para manter suas operações ao longo desses meses e garantir os deslocamentos da população. Passados seis meses, a situação está ficando cada vez mais insustentável e pedimos a atenção do Congresso Nacional para que o recurso chegue aos Estados e Municípios e a população tenha o seu direito ao transporte garantido”, destaca Joubert Flores, presidente da ANPTrilhos.
Queda de receita-
Estimativas da ANPTrilhos apontam que os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos registraram um déficit de -R$ 5,6 bilhões, somente referente a receita tarifária. No pico da crise, o setor deixou de movimentar cerca de -85% dos passageiros e, hoje, está transportando aproximadamente 50% do volume de passageiros verificado antes da pandemia.
Com base nesses seis meses de pandemia é possível verificar que a recuperação do setor de transporte público está sendo bastante lenta e gradual, indicando que, além do socorro emergencial, há que se discutir uma nova forma de financiamento e organização de toda a mobilidade, destaca a entidade.