Technibus – Qual a visão da Iveco Bus sobre o mercado de ônibus em 2025?
Maurício Yamamoto – Para a Iveco Bus, 2025 foi um ano de continuidade do aquecimento do mercado, impulsionado pelo avanço das entregas e das novas adesões do Programa Caminho da Escola, pela retomada das renovações de frota nos sistemas urbanos e pelo crescimento da demanda nos segmentos de fretamento e rodoviário. De maneira geral, o ano se destacou pela abertura de oportunidades em diferentes nichos e pelo aumento do interesse em soluções sustentáveis, refletindo a evolução do setor e a busca por alternativas mais eficientes e modernas por parte dos operadores.
Technibus – Quais foram os principais desafios neste ano?
Maurício Yamamoto – Os principais desafios neste ano estiveram relacionados ao cenário econômico, marcado por juros elevados e custos operacionais que impactam diretamente as decisões de compra dos operadores. Além disso, o ritmo acelerado de importações exigiu ainda mais competitividade e agilidade das fabricantes nacionais.
Technibus – A previsão da Iveco Bus é que o ano termine com quantos ônibus vendidos?
Maurício Yamamoto – O mercado brasileiro de ônibus apresenta sinais claros de reação em 2025. Segundo a Anfavea, no acumulado de janeiro a outubro, o setor registrou crescimento de emplacamentos de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O segmento avança em um contexto no qual a renovação do transporte público se torna urgente, e o ônibus assume um papel central nesse processo.
Technibus – Qual é a expectativa da Iveco Bus para 2026?
Maurício Yamamoto – Para 2026, a expectativa é de um ano marcado por cautela. Após três ciclos seguidos de crescimento, há uma sinalização da Anfavea de que o mercado de ônibus pode enfrentar uma retração, refletindo variáveis macroeconômicas ainda sensíveis, como juros elevados e instabilidade internacional.
Technibus – Qual será a tendência no próximo ano?
Maurício Yamamoto – A tendência por propulsões alternativas, aliada à busca por maior eficiência energética, continuará guiando investimentos e decisões estratégicas das empresas. O ano tende a ser de oscilações e exigirá atenção permanente às condições econômicas e políticas. Há também a expectativa de que programas de renovação de frota voltem a ter protagonismo, ajudando a reequilibrar o mercado em um cenário mais complexo.
Technibus – Qual será o maior desafio no próximo ano para o mercado de ônibus?
Maurício Yamamoto – O maior desafio do mercado de ônibus em 2026 será lidar com a combinação de incertezas econômicas e pressões estruturais que podem frear o ritmo de crescimento observado nos últimos anos. Outro ponto crítico é a necessidade urgente de programas de renovação de frota, considerados essenciais para destravar vendas e conferir previsibilidade ao mercado. Em paralelo, a transição energética continua avançando e exige investimentos robustos, o que representa mais um desafio em um cenário mais restritivo.
Technibus – Que modelo de ônibus da Iveco Bus será destaque no mercado de ônibus no próximo ano?
Maurício Yamamoto – O destaque deve ficar por conta do BUS 17-280 com suspensão pneumática, que atende requisitos importantes de grandes capitais e vem ganhando espaço pela robustez, conforto e competitividade operacional. Outra aposta é o BUS 17-210 G, movido a gás natural e biometano, que oferece desempenho equivalente ao diesel, maior eficiência ambiental e uma relação custo-benefício muito atrativa para operações urbanas, especialmente em cidades que já possuem infraestrutura de abastecimento. A linha Daily Minibus também deve manter um ritmo forte, com as versões 30-160 Escolar e 50-180 Sem PLC ampliando o alcance do portfólio em diferentes tipos de operação.
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