A Bridgestone apresentou seu novo pneu R167 E para aplicação urbana, com grande foco no mercado de ônibus, que vem apresentando expressivo crescimento, especialmente no segmento urbano, com uma retomada mais intensa da renovação das frotas e investimentos em modelos elétricos.
“O mercado de ônibus tem uma característica diferente e não depende necessariamente da situação econômica do país para avançar, mas sim da mobilidade urbana. Esse é um dos motivos pelos quais investimos neste pneu R167 E, entendendo que a mobilidade urbana é um fator crescente e necessário. O Brasil ainda apresenta um grande gap de atendimento ao público, que precisará ser melhorado, e a eletrificação é um caminho sem volta, especialmente neste segmento, quando falamos de sustentabilidade e meio ambiente nos centros urbanos”, disse Lafaiete Oliveira, presidente da Bridgestone do Brasil.
O novo pneu está disponível em duas medidas — 295/80R22.5 e 275/80R22.5 — e pode ser aplicado também em veículos de operação urbana de baixa velocidade, como caminhões de lixo, betoneiras e veículos de entregas urbanas. “O novo modelo foi desenvolvido para suportar maior capacidade e, na medida 295, é compatível com veículos elétricos. Além disso, a tecnologia aplicada assegura qualidade superior”, destacou Oliveira.
A Bridgestone incorporou ao produto a tecnologia Cooling Fin, que reduz a temperatura do talão em até cinco graus, aumentando a durabilidade e a recapabilidade. Também reforçou a área do talão para suportar o peso das baterias e o torque superior dos veículos elétricos. O pneu possui ainda composto de baixa resistência ao rolamento (LRR), que dissipa o calor, contribuindo para menor temperatura da carcaça em trajetos urbanos com paradas frequentes. O modelo oferece 20% a mais de quilometragem em relação à versão anterior, ajudando a reduzir o custo da frota.
Para o R167 E, a Bridgestone oferece seis meses de garantia contra danos que tornem o produto inservível, como cortes e furos, além da tradicional garantia Bridgestone-Bandag até a terceira recapagem. “Toda essa tecnologia e o investimento de quase R$ 1 bilhão feitos na fábrica de Santo André nos últimos três anos trouxeram um diferencial de produto”, destacou Marcos Aoki, diretor de vendas de pneus comerciais.
Ásia e tarifaço dos EUA
O presidente da Bridgestone comentou que o mercado de pneus vem sendo impactado pela entrada de produtos asiáticos. “Estamos trabalhando com a associação que representa a indústria de pneumáticos, a Anip, e o governo para tentar regulamentar a entrada de pneus de baixo custo e baixa qualidade no país. Reorganizamos a produção, concentrando pneus de passeio na fábrica de Camaçari (BA) e pneus de carga em Santo André (SP), com base em planejamento de longo prazo para aumentar a capacidade de atender o mercado local e a exportação”, disse Lafaiete.
A tarifa dos Estados Unidos para importação de produtos brasileiros, de 50% no caso dos pneus, é outra preocupação. “Estamos enfrentando um momento difícil, com grande incerteza em relação ao futuro, porque a fábrica de Santo André estava pronta para exportar 500 a 600 mil pneus de carga para a Bridgestone dos EUA, que os distribui no mercado americano. A filial americana está decidindo de quem vai comprar no próximo ano e precisa preparar a produção de outras fábricas em outras regiões”, revelou Lafaiete.
O executivo destacou que a fábrica de Santo André foi totalmente reformada e hoje é moderna, competitiva e preparada para produzir pneus de alta tecnologia para exportação. “Fazer investimentos robustos com taxa de juros elevada é planejamento de longo prazo, mas a expectativa é ser exportador para o mercado americano. Vamos brigar por isso; o Brasil está preparado.”
Lafaiete comentou que o pior no ambiente de negócios é a incerteza, e mudar a estratégia de exportação para outros mercados não é fácil. “Ainda não temos clareza sobre o que vai acontecer. Estivemos com o presidente da Anip e uma comitiva em Washington e voltamos sem definições. Estamos num impasse, com tudo paralisado — essa é a grande verdade.”
Os Estados Unidos são o maior mercado de exportação da Bridgestone, mas a empresa também comercializa seus pneus de carga na Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia e México. “Estamos prontos para suprir o mercado brasileiro e internacional com capacidade de produção, tecnologia, qualidade e competitividade”, ressaltou o presidente.
Acompanhe o Canal Technibus no WhatsApp e fique por dentro das principais notícias e novidades do mundo do Transporte Coletivo e da Mobilidade.