Technibus – O que a Marcopolo espera para o mercado de ônibus urbanos em 2025?
Ricardo Portolan – Esperamos que o transporte coletivo urbano de passageiros continue o processo de renovação de frota e consequente atualização da idade média. Temos a expectativa de seguir contribuindo com a mobilidade sustentável através da produção e fornecimento de ônibus com propulsão a diesel Euro 6 bem como um volume maior de ônibus que utilizam propulsão alternativas como elétricos e GNV.
Technibus – O mercado de ônibus urbanos conseguirá fechar o ano com bom desempenho, mesmo com a redução de compras de ônibus a diesel da cidade de São Paulo?
Ricardo Portolan – O ano de 2025 deve ser caracterizado por um bom desempenho na produção e fornecimento de veículos elétricos, mesmo que ainda distante da expectativa e potencial do mercado. O ano passa a ser caracterizado também pela introdução de ônibus com propulsão alternativa à GNV, contribuindo com o processo de descarbonização da cidade.
Technibus – O programa de renovação da frota de ônibus urbanos tende a se intensificar neste ano, com os incentivos do governo federal?
Ricardo Portolan – Os recursos federais têm contribuído significativamente no processo de renovação das frotas de ônibus urbanos. Apesar de as taxas de juros de financiamento convencionais estarem elevadas, os recursos fornecidos pelo governo federal através do PAC 3 da mobilidade têm sido amplamente utilizados através da modalidade Refrota, contribuindo no processo de atualização das frotas. Ainda que a idade média da frota nacional esteja elevada, vislumbra-se espaço para a continuidade da utilização dos recursos federais do PAC da mobilidade, também por meio das aquisições via subvenção, como exemplo.
Technibus – Como está a adequação das frotas de ônibus urbanos nas cidades que ainda não recuperaram o número de passageiros?
Ricardo Portolan – A adequação das frotas urbanas em cidades que ainda não recuperaram o número de passageiros tem uma correlação direta com o nível de subsídio possível pelo município ou região, alguns casos com redução da frota operacional, outros casos com a redução da frequência de operação. Quando é possível o subsídio, as operações seguem a normalidade de oferta e demanda necessárias, com, inclusive, a renovação e atualização da idade média das frotas.
Technibus – Os operadores estão diversificando suas frotas com a aquisição de ônibus menores?
Ricardo Portolan – A utilização de ônibus menores tem uma relação direta com a modelagem do ecossistema de mobilidade das cidades. Normalmente, os ônibus menores são utilizados em linhas alimentadoras e os ônibus de maior capacidade em linhas troncais. Não visualizamos uma tendência de migração de produtos, considerando que a diferença de custo total da operação não traz vantagens significativas para esta mudança.
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