Só uma em cada cinco cidades brasileiras pode receber investimentos do governo federal para mobilidade

O último prazo venceu e a imensa maioria das cidades com mais de 20 mil habitantes não criou e aprovou seu plano de mobilidade urbana

Marcia Pinna

Com Podcast do Transporte

Os números são decepcionantes. Terminado o prazo já muito estendido, das 1.911 cidades brasileiras com mais de 20 mil habitantes, a maioria -1.573 – não informou  ao ministério das cidades sobre a criação e aprovação do seu Plano de Mobilidade Urbana. Isso significa que 82,3% dos municípios, desde 12 de abril, não podem receber investimentos do governo federal para mobilidade.

Os números estão no site do ministério das cidades, que tem tomado várias iniciativas para motivar, ensinar, ajudar e até financiar a criação dos planos. É o que detalha em entrevista, Danielle Holanda, coordenadora da área de planejamento de mobilidade da secretaria nacional de mobilidade urbana do ministério das cidades.

Danielle Holanda, da secretaria nacional de mobilidade urbana

Ricardo Nunes quer trazer produção de biometano da China. Aqui a Scania está pronta

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes falou com o editor-chefe do Diário do Transporte, Adamo Bazani, diretamente da China para contar que está comprando ônibus elétricos chineses com juros muito baixos. Mas que também que visitaria uma fábrica de biometano e hidrogênio combustível com a ideia de trazer a tecnologia chinesa para São Paulo.   

Enquanto isso, Adamo resolveu sair das conjecturas oficiais e ir direto checar como está o mercado para os ônibus movidos a biometano. Encontrou o diretor de operações comerciais da Scania, Alex Nucci, muito animado com as possibilidades. Ele anunciou que o primeiro de 15 ônibus a biometano da empresa já está rodando em Goiânia e que há previsão de testes em São Paulo e demanda em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e Pernambuco.  

Setor de autopeças se diz pronto para as novidades dos veículos elétricos e híbridos

Márcia Pinna, editora da Technibus, foi até a Automec, feira de reposição automotiva, para saber como o mercado de autopeças está se preparando para a crescente aumento dos veículos elétricos  e híbridos. O setor diz que está otimista e pronto para atender ao mercado com suas novas demandas. 

Por exemplo, Gustavo Piovesan Correia, gerente comercial da Riosulense, de Santa Catarina, avalia que até 80% dos componentes dos veículos elétricos são os mesmos dos veículos a diesel, portanto os efeitos negativos devem ser irrelevantes para o setor de autopeças. 

Se planejamento da mobilidade traz tantos benefícios, por que muitas cidades não adotam?

O jornalista especializado e nosso apresentador Alexandre Pelegi se pergunta, em seu editorial, por que haveria ainda uma imensa quantidade de administradores que não se mobiliza para criar e aprovar seus Planos de Mobilidade Urbana. Os benefícios da priorização do transporte público planejado chegam até a parte mais vulnerável da população, impactam o meio ambiente e até a redução das desigualdades sociais facilitando acesso a todos. Para Pelegi, a pergunta segue sem resposta.

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