Com Podcast do Transporte
O Conselho Diretor da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU) tem novo presidente. É Edmundo Carvalho Pinheiro, de Goiânia, que concedeu a sua primeira entrevista após a posse para o Podcast do Transporte. Para a nova gestão, a principal tarefa da entidade é recuperar a demanda perdida ainda na pandemia. E isso passa por melhorar a capacidade de investimento dos operadores com um reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
O novo presidente do conselho da NTU espera a aprovação rápida do marco regulatório pelo Congresso, mas considera normal o tempo de tramitação. E acredita que a partir daí a legislação ofereça segurança jurídica e a possibilidade de investimentos pelos vários entes federativos para que o transporte recupere a demanda perdida e preste serviços de qualidade cada vez melhor.
Descarbonização ainda depende de veículos diesel menos poluentes
Edmundo Carvalho Pinheiro, da NTU, afirma que, mesmo enfrentando dificuldades para conseguir financiar a atualização de frota, os operadores seguirão na busca pela descarbonização. A maior parte da demanda será ainda de ônibus a diesel, com o Euro 6 que já reduz a emissão de poluentes. Sobre a eletrificação, o presidente da NTU diz que a mudança é lenta em todo o planeta e aqui também será assim. Outros combustíveis também estão sendo analisados.
No Nordeste, poder público precisa assumir suas responsabilidades, diz presidente da Fetronor
Márcia Pinna, editora da Technibus entrevistou o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eudo Laranjeiras. Ele diz que os problemas dos transportadores da região são parecidos com os de outros grandes centros. Ainda é necessário convencer o poder público da sua responsabilidade no transporte urbano de passageiros. Repercutindo a opinião geral – com exceção de São Paulo- Eudo Laranjeira destaca que o ritmo da eletrificação da frota de ônibus depende da infraestrutura. Portanto, ainda há espaço para outras tecnologias que podem contribuir com a descarbonização.
Na Grande São Paulo há desconfiança sobre a eletrificação
O pé atrás em relação á eletrificação também alcança a região metropolitana de São Paulo, diferente do entusiasmo da capital. Santo André, no ABC Paulista, deverá comprar muitos ônibus novos, mas nenhum elétrico. É o que conta Adamo Bazani, editor-chefe do Diário do Transporte, que entrevistou para sua coluna o prefeito Gilvan Júnior, que é responsável pela mobilidade da cidade.
Debate sobre combustível da descarbonização erra o alvo
Em seu editorial, o jornalista especializado e nosso apresentador Alexandre Pelegi, chama a atenção para o desvio do foco principal na discussão sobre descarbonização nas grandes cidades. Um ônibus elétrico, por menos poluente que seja, não será atraente para o passageiro se estiver parado no trânsito. Qualquer alternativa mesmo que seja poluente, porém rápida, terá mais sucesso com o público.
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