Tarifa zero eleita ‘queridinha’ das propostas

Apesar da Tarifa Zero estar presente no discurso dos candidatos, muitos ainda não dão a importância devida ao tema do transporte coletivo. Confira também os detalhes da pesquisa sobre mobilidade na capital paulista

Marcia Pinna

Como era de se esperar, a Tarifa Zero virou uma proposta popular nas disputas pelas prefeituras do país, povoando promessas de candidatos de todos os espectros políticos. De olho neste modismo eleitoral, reunimos três pontos de vista sobre o tema:  o operador Dimas Barreira, conselheiro da NTU e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), o prefeito Josué Ramos, de Vargem Grande Paulista, um dos pioneiros da Tarifa Zero no estado de São Paulo e, por fim, Wesley Ferro, diretor do MDT e defensor da implantação do SUM como uma guarda-chuva geral para ações relacionadas ao transporte público.

Quebrando barreiras com talento e trabalho

No setor do transporte, o mais comum é encontrar lideranças que seguem o perfil do poder no Brasil: são pessoas brancas, homens, e muitas vezes descendentes de donos de empresas. Mas Adílio Batista, munido de talento e muito trabalho, furou a bolha. Ele começou aos 19 anos vendendo passagem em terminais e hoje, aos 41 anos, toca o setor comercial do Grupo GBS (Garcia/Brasil Sul). Entrevistado pelo Podcast do Transporte, Batista fala da sua carreira e traz vários insights sobre o presente e as perspectivas do setor.

Cresce o tempo gasto pelo paulistano no ponto de ônibus

A Pesquisa Viver em SP 2024 teve foco na Mobilidade Urbana. Realizada por uma parceria entre a Rede Nossa São Paulo – uma organização apartidária da sociedade civil – e o instituto de pesquisa Ipec, o levantamento trouxe revelações alarmantes sobre o ir e vir na capital paulista. Um exemplo? O tempo médio de espera pelos ônibus nos pontos e terminais é de 24 minutos: três minutos a mais do registrado em 2023. Márcia Pinna, editora-chefe da revista Technibus, traz os detalhes dessa pesquisa.

Oferta milionária é virada na novela do arrendamento da Itapemirim e Caiçara

O Grupo Comporte é uma holding de empresas de transporte que atua em mais de 700 cidades em rotas urbanas, suburbanas, rodoviárias e ainda de fretamento. Ligado a Constantino Oliveira, o grupo ofereceu uma quantia cinco vezes maior ao que a Suzantur do ABC Paulista paga pelo arrendamento das linhas que eram de responsabilidade das viações Itapemirim e Caiçara que faliram dois anos atrás. Esta oferta põe muita pimenta neste caso. Quem conta tudo é Adamo Bazani, editor-chefe do Diário do Transporte.

Os “tarifazeristas” de ocasião

Nosso apresentador, o jornalista especializado em transporte, Alexandre Pelegi, chama a atenção em seu editorial para tantos candidatos novos defensores de tarifa zero, que aparentemente não sabem que  a catraca livre só funciona se o transporte tiver qualidade. E que muitos destes novos defensores do transporte coletivo, em algum momento no poder foram os mesmos que não fizeram corredor de ônibus e outras medidas para melhorar a vida de quem vai de ônibus.

Informação com análise é no Podcast do Transporte.  Episódio novo toda quarta-feira pelo Spotify (https://podcastdotransporte.com.br/#ouvir) ou no seu agregador predileto.  Ou visite a gente no www.podcastdotransporte.com.br Os cortes também ficam disponíveis no https://www.youtube.com/@PodcastdotransporteO Podcast do Transporte é um produto do Diário do Transporte em parceria com a Technibus/OTM Editora e a ANTP

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