Por Márcia Pinna Raspanti
Technibus – Quais as inovações que o KIM incorporou no último ano?
Daniel Médici Lourenson – No último ano, o KIM incorporou diversas inovações. Uma delas é a nova versão do aplicativo, o KIM 2.0. Com base no feedback dos clientes, disponibilizamos uma experiência aprimorada, com interface mais intuitiva, design moderno e navegação facilitada; novas funcionalidades, com a integração com sistemas de bilhetagem eletrônica, planejamento de rotas com diversas opções de transporte, compra de bilhetes intermunicipais com as empresas de transporte parceiras; e ainda maior segurança e confiabilidade, com a implementação de medidas para proteger os dados dos usuários e garantir a confiabilidade do aplicativo.
Além disso, fizemos uma evolução da integração com os sistemas de bilhetagem eletrônica. Ampliamos a integração com nossos parceiros operadores, especialmente no serviço automatizado de revalidação, reduzindo as filas e oferecendo mais comodidade aos clientes. O planejamento das rotas com diversas opções de transporte também foi uma das melhorias realizadas. Implementamos funcionalidades para mapas e planejamento de viagens, permitindo que os clientes visualizem a localização dos ônibus em tempo real, planejem suas rotas e utilizem o aplicativo como uma plataforma completa de mobilidade. Por fim, tivemos a expansão para São Paulo. Iniciamos a operação na cidade no início 2023, demonstrando a capacidade do KIM de ser uma plataforma agnóstica que integra com qualquer sistema de bilhetagem, oferecendo valor ao usuário de transporte.
Technibus – Quais os planos para os próximos meses? A sua chegada como CEO muda algo na estruturação do negócio?
Daniel Médici Lourenson – O KIM continuará a investir em inovação e expansão. Nossos principais objetivos são proporcionar comodidades para o cidadão e apoiar o poder público para oferecer soluções com foco na mobilidade para as cidades. Nosso planejamento inclui ainda aumentar a presença do KIM em novas praças. Queremos ingressar em novas operações para que o usuário do transporte cada vez mais possa contar com o app do KIM na cidade que ele estiver. Outra novidade é que estamos desenvolvendo um sistema de inteligência artificial para apoiar a mobilidade, focando nas funcionalidades de planejamento de viagem, informações dos ônibus, segurança no transporte, análise de dados e comodidades para nosso cliente.
Minha meta como CEO do KIM é mais do que vender crédito de passagem para os passageiros do transporte público. Temos como missão facilitar a vida de todos os nossos clientes: os usuários do transporte público, as operadoras de transporte e o setor público, disponibilizando produtos e serviços tecnologicamente inovadores, eficientes e totalmente alinhados as suas necessidades, expectativas e desejos. Seguimos transformando e contribuindo, de forma acelerada, para a evolução do mercado de mobilidade urbana.
Technibus – Em termos de tendências em mobilidade (eletromobilidade, meios de pagamento, uso de IA, otimização do tempo), qual está mais avançada no Brasil? Por quê?
Daniel Médici Lourenson – No Brasil, o uso de tecnologias para otimização do tempo, impulsionadas pela necessidade de reduzir o tempo de deslocamento nas grandes cidades, e os diferentes meios de pagamentos são as tendências mais avançadas. O uso de aplicativos como o KIM, que permite planejar rotas e acompanhar o status dos ônibus e outros meios de transporte público, contribui para essa tendência, enquanto os meios de pagamentos avançam cada vez mais com os pagamentos digitais, como carteiras digitais, pagamentos por aproximação, e-commerces e pagamentos via dispositivos móveis. Além disso, o PIX transformou bastante a maneira como as pessoas realizam transações financeiras no país e, hoje, é a principal forma de pagamento escolhida pelos usuários do KIM. As demais tendências, como eletromobilidade e uso de IA, ainda estão em fase inicial de desenvolvimento no Brasil, mas apresentam grande potencial de crescimento nos próximos anos.
Technibus – Na questão dos meios de pagamento, o Brasil avançou muito nos últimos anos. Quais devem ser os próximos passos? Ainda há espaço para inovação nesta área?
Daniel Médici Lourenson – O Brasil tem avançado significativamente no cenário de meios de pagamento, impulsionado pelo PIX, QR Code e Open Finance. No entanto, ainda há muito espaço para inovação, principalmente no contexto da mobilidade urbana. Os próximos passos incluem integração de meios de pagamento com bilhetagem eletrônica, pois a possibilidade de pagar a tarifa de transporte por meio da biometria facial, NFC, Wi-fi e Wearables pode oferecer bastante comodidade para que o cliente tenha diversas opções para facilitar seu dia a dia. Os pagamentos por reconhecimento facial ou biométrico representam uma tendência interessante para maior comodidade e segurança, eliminando a necessidade de carregar cartões. Temos no Grupo Tacom essa iniciativa que será disponibilizada em breve como opção para os operadores clientes. A combinação de meios de pagamento com programas de fidelidade permite oferecer cashback ou descontos com parceiros para os usuários que utilizam o transporte público.
Temos muito trabalho pela frente, sempre focados em proporcionar conforto, praticidade e benefícios aos nossos usuários.
Technibus – Em quantas cidades o KIM já é usado? Quantos usuários já utilizam o app?
Daniel Médici Lourenson – O KIM está presente em mais de 75 cidades brasileiras e possui mais de um milhão de usuários. Estamos em constante expansão, buscando alcançar cada vez mais pessoas e facilitar a vida dos usuários do transporte público.