A Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e Tecnologias de Rastreamento e Monitoramento (Gristec) divulga a 2ª edição do Relatório Trimestral de Redes Móveis – Setembro/2025, um estudo técnico que monitora a infraestrutura de telecomunicações no país e analisa seus impactos diretos sobre o setor de rastreamento, logística e gerenciamento de riscos. Com base em dados públicos da Conexis Brasil Digital, o relatório apresenta a quantidade de antenas por estado e por tecnologia (2G, 3G, 4G e 5G) e mostra as variações na quantidade de antenas, por estado.
A nova edição aponta um crescimento de 10,3% nas estações 5G em relação ao levantamento anterior, enquanto o 2G continua em queda, representando menos de 5% das antenas em operação no país. Bruna Medeiros, presidente da Gristec, acredita que, no transporte de passageiros, a grande vantagem da tecnologia 5G está na expansão da conectividade e na maior banda de transmissão de dados, ou seja, a quantidade de informação que essas plataformas conseguem movimentar é muito maior que as gerações anteriores.
“Na prática isso significa que conseguimos acrescentar inteligência e automação na gestão da mobilidade, e isso é vital tanto para a gestão de frotas quanto para melhoria no transporte público e otimização de recursos”, ressalta.
Anteriormente o foco estava na localização e telemetria de veículos e a estimativa de chegada nos pontos de passageiros. “Hoje, com a integração de novos sistemas e câmeras, é possível não só executar esse serviço como realizar o mapeamento de demandas nas grandes cidades, além de oferecer novos serviços de segurança utilizando a recursos como biometria facial na prevenção de fraudes. Outros elementos que a tecnologia 5G viabiliza incluem ainda direção defensiva e prevenção de acidentes, tanto na fiscalização da conduta dos motoristas, como na defesa destes com o monitoramento do entorno dos veículos”, afirma Bruna.
No contexto das cidades inteligentes, na opinião da presidente da Gristec, a realidade se aproxima de uma integração de sensores conectados e câmeras 5G em ônibus à infraestrutura viária, o que possibilita acompanhar o fluxo de veículos com baixíssima latência, ajustando semáforos automaticamente, reduzindo congestionamentos e melhorando a fluidez no trânsito, além de reduzir emissões.
A executiva lembra “Os dados mostram que o Brasil avança rapidamente na adoção do 5G, mas também revelam a urgência da migração tecnológica. Ainda há milhões de dispositivos operando em redes 2G e 3G, e a substituição precisa ser planejada para evitar interrupções em serviços essenciais de rastreamento e monitoramento”, explica Bruna.
O relatório revela ainda que as redes 2G e 3G continuam sendo mais presentes em áreas rurais e rodoviárias, especialmente no Centro-Oeste e Norte, o que ainda garante conectividade para frotas e dispositivos M2M. O 4G permanece como a tecnologia predominante, com cerca de 66% das antenas ativas no país. Entretanto, o 5G cresce de forma acelerada nas regiões sudeste e sul, concentrando mais de 75% das novas ativações.
O Relatório Trimestral de Redes Móveis – Setembro/2025 está disponível gratuitamente.
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