Márcia Pinna, com Podcast do Transporte
O Podcast do Transporte desta semana antecipa um dos temas mais esperados da Arena ANTP: o BUD — Bonde Urbano Digital — desenvolvido na China e prestes a ser testado na região metropolitana de Curitiba. O novo modal elétrico dispensa trilhos, sendo guiado por uma trilha magnética e pode operar de forma autônoma.
Paulo Benites, presidente da TS Mobilidade e Infraestrutura, explica como o sistema funciona e por que o BUD pode ser uma alternativa mais econômica e de rápida de implementação que sistemas VLT ou BRT convencionais. Ele responde às perguntas feitas por Claudio de Senna Frederico, vice-presidente da ANTP, e destaca a durabilidade de 30 anos, a experiência de viagem semelhante à de um trem e o carregamento ultrarrápido por supercapacitores. Gilson Santos, presidente da Amep, detalha a operação experimental entre Pinhais e Piraquara e revela os planos de expansão para outras cidades da região.
O BUD é guiado por ímãs enterrados no pavimento, que funcionam como trilhos digitais. A instalação é simples e permanente, sem necessidade de manutenção. O veículo é alimentado por supercapacitores, que permitem carregamento completo em apenas 12 minutos e recargas parciais em menos de dois. A autonomia atual é de 40 km, com nova geração prevista para o fim do ano.
Gilson Santos destaca que, pela primeira vez, a população das cidades da região metropolitana de Curitiba ultrapassou a da capital. Isso exige novos modais e integração entre sistemas. A AMEP já estuda a expansão do BUD para cidades como Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, onde o VLT tradicional teria custo elevado. A prioridade é evitar soluções caras e ineficientes que se tornem obsoletas em poucos anos.
Integração regional e indústria nacional
Adamo Bazani, editor do Diário do Transporte, reforça a importância da articulação entre municípios para garantir conexões eficientes entre sistemas de alta capacidade e transportes locais. Claudio Frederico lembra que licitações podem fortalecer a indústria nacional, como já ocorreu com o metrô de São Paulo. A analista da NTU, Ana Carolina Thomaz, defende modelos de governança compartilhada para viabilizar redes metropolitanas integradas.
Mercado de ônibus: exportações sustentam produção
Marcia Pinna, da revista Technibus, traz os números da Fabus: a produção de ônibus cresceu quase 5% entre janeiro e agosto, impulsionada pelas exportações para Argentina, Peru e Chile. Ruben Bisi, presidente da entidade, prevê um fechamento de ano entre estabilidade e leve alta, mas alerta para os efeitos dos juros altos e do tarifaço sobre o mercado interno.
Editorial – Dia sem carro: gesto ou política?
Alexandre Pelegi reflete sobre o Dia Mundial Sem Carro, celebrado na próxima semana. Em Londres, medidas como o pedágio urbano e a taxa contra veículos poluentes seguem mesmo em dias de greve. Já em São Paulo, o rodízio é suspenso. O contraste revela a falta de consistência nas políticas de mobilidade. Sem firmeza, a intenção se perde e o gesto não se consolida.
Abrati e o reconhecimento da qualidade
Cinco empresas associadas da Abrati estão entre as finalistas do Prêmio Reclame Aqui 2025: Cometa, Águia Branca, Gontijo, Guanabara e Expresso União. A premiação reconhece excelência no atendimento e pós-venda. A presença das associadas reforça o compromisso do transporte rodoviário com confiança, acessibilidade e cuidado com o passageiro.
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📌 Produção: Diário do Transporte, Technibus/OTM Editora e ANTP.
Patrocínio: Arena ANTP e Abrati. Apoio: Mercedes-Benz Ônibus, Transdata e Prodata Mobility Brasil.
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