A evolução da bilhetagem no Brasil

A 71ª edição da Technibus, de setembro de 2006, trazia uma reportagem especial sobre os dez anos de bilhetagem eletrônica no Brasil, mostrando como os sistemas haviam evoluído naquele período.

Marcia Pinna

Atualmente, as empresas que fornecem soluções e equipamentos para bilhetagem eletrônica e sistemas inteligentes de transporte (ITS) estão em constante processo de evolução para incorporar as inovações como inteligência artificial (IA), interoperalidade e digitalização de pagamentos e processos. Em 2006, muitas dessas tecnologias ainda estavam muito distantes de serem implementadas, mas a 71ª edição da Technibus, de setembro daquele ano, trazia uma reportagem especial sobre os dez anos de bilhetagem eletrônica no Brasil, mostrando como os sistemas haviam evoluído naquele período.

“A princípio, a bilhetagem automática tinha como objetivo a coibição de fraudes com carteirinhas de estudante e gratuidades falsificadas, assim como outras práticas ilícitas para não pagar a passagem. Com o passar dos anos, esses sistemas se revelaram capazes de adaptar-se às necessidades de cada empresa de transporte e, principalmente, de cada cidade. Além de se tornarem essenciais para dinamizar o embarque de passageiros, garantir sua segurança e oferecer-lhes opções de integração, a cobrança eletrônica trouxe paulatinamente diversos benefícios para gestores e empresas”, relatava a jornalista Sônia Crespo.

Marcos Bicalho, superintendente da NTU, assegurava, em 2006, que “a tendência é que daqui a dois ou três anos a bilhetagem eletrônica esteja presente em praticamente todos os municípios com mais de 100 mil habitantes. Bicalho afirmava que “a médio prazo, a bilhetagem eletrônica deixará os sistemas de transporte público bem mais organizados. (…)De uma maneira geral, os sistemas brasileiros seguem padrões locais, devidamente adaptados à região, de acordo com as necessidades de cada município.”

Outro assunto importante da Technibus 71 foi o 19º Seminário Nacional da NTU, que havia sido realizado em agosto de 2006. Entre os temas discutidos naquela ocasião estava o uso do vale-transporte, a adoção de um índice setorial de preços e a mobilidade dos usuários do transporte coletivo. O evento também abordou a a necessidade do novo estatuto como marco regulador para o setor e a seguridade jurídica que representaria esta medida.

Ariverson Feltrin comentava ao crescimento de 14% da produção de carrocerias de ônibus no Brasil nos primeiros nove meses de 2006, de acordo com os dados da Fabus, associação que congrega as encarroçadoras brasileiras. “Ano de eleição presidencial e governadores é sempre uma boa alavanca para a dinamização da atividade, já que a melhoria do transporte por ônibus, de longe o mais relevante na movimentação de passageiros, é sempre uma boa vitrine para os candidatos”, avaliava o saudoso jornalista.

Feltrin também assinava a reportagem sobre a ampliação da fábrica da Irizar, que coincidentemente está modernizando a sua planta fabril agora em 2025. “Até dezembro (de 2006) estará concluída a ampliação da fábrica da Irizar Brasil localizada em Botucatu, cidade do interior paulista. Com 7,7 mil m² de novas instalações, a unidade totalizará 22,7 mil m² de área construída e terá capacidade instalada para 1.000 carrocerias por ano num único turno de trabalho, o dobro do volume atual.”

Confira a edição completa da Technibus 71

Acesse: Acervo OTM Editora

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