Nesta edição do Podcast do Transporte, colegas, contemporâneos e principalmente aprendizes falam sobre as grandes realizações do presidente do Metrô de São Paulo, Plinio Assmann. As inovações, a ousadia, a habilidade em tempos de ditadura e principalmente a visão humana. E o idealismo de espalhar as ideias e novos debates com a criação da ANTP.
Ailton Brasiliense: Plínio criou um transporte que qualificou o passageiro
O presidente da ANTP afirmou sobre seu contemporâneo de Metrô-SP, Plínio Assmann, que ele não apenas criou um meio de transporte de qualidade, com criou usuários qualificados, que passaram a ser mais exigentes com os outros meios. Isso impulsionou melhorias em todo o sistema.
O eterno presidente visitava a sede semanalmente e pautava os novos debates
Luiz Carlos Néspoli, o Branco, superintendente da ANTP, lembrou que, enquanto teve condições de saúde, Plínio Assmann comparecia semanalmente à sede da associação, que incentivou e presidiu. Nestas visitas, pautava os debates sempre sobre a melhoria da qualidade de vida nas cidades. E desde a criação da entidade, desejava que a ANTP fosse uma entidade que discutisse não apenas transporte sobre trilhos, mas toda a mobilidade urbana.
Queria o melhor metrô do mundo e impressionou a todos
O engenheiro Peter Alouche, outro contemporâneo, lembrou que Plínio Assmann almejava que o metrô de São Paulo fosse o melhor do mundo. Para isso enviou a equipe para conhecer os sistemas mais desenvolvidos em vários países. E o metrô paulistano foi a síntese de todas as inovações encontradas. Assim foi com a tuneladora Shield, o “Tatuzão”, a automação do sistema com controle chopper, as implosões e mesmo a integração de metrô com ônibus. “Na inauguração, convidados de vários países ficaram impressionados”, recorda.
A habilidade para conter a interferência da ditadura militar
O vice-presidente da ANTP, Claudio de Senna Frederico lembrou uma outra faceta de Plínio Assmann: a habilidade para conquistar a confiança dos governantes durante ditadura militar, sem ser adesista, protegendo a sua equipe heterogênea para trabalhar com o mínimo de interferência. Senna também disse que a ANTP presidida por Plínio criou uma linguagem única no transporte adotada até hoje em todo o país.
Descarbonização com um pé em cada canoa em SP. Biometano e “nobreak gigante”
Adamo Bazani, editor-chefe do Diário do Transporte, segue mostrando, em primeira mão, as notícias da descarbonização paulistana. A novidade é a ampliação da frota de ônibus a biometano/GNV da pioneira empresa Sambaíba. E também o interesse da prefeitura paulistana nos equipamentos de armazenamento de energia, o “nobreak gigante”, para enfrentar a falta de infraestrutura.
“Elas no Transporte” busca ampliar a presença feminina no setor
A editora da revista Technibus, Márcia Pinna, acompanhou o evento “Elas no Transporte”, que reuniu líderes empresariais com o objetivo de criar uma comunidade de mulheres do setor para ampliar a presença feminina no mercado. Ela entrevistou as organizadoras do evento, as empresárias Niege Chaves e Luciana Herszkowicz.
Pelegi: Plínio Assmann e Adriano Murgel tinham o espírito público que falta hoje
O jornalista especializado e nosso apresentador Alexandre Pelegi, também trabalhou com Plínio Assmann e relata o período de muito aprendizado e admiração. No seu editorial, diz que poucos consultores têm obras realizadas para mostrar como Plínio e Adriano Murgel, outro craque da mobilidade. E elogiou seu espírito público, artigo em falta nas atuais autoridades.
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