Morre o engenheiro Plinio Assmann, líder da implantação do Metrô de São Paulo

Assmann foi idealizador, fundador e primeiro presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), criada com o propósito de reunir especialistas e disseminar os conhecimentos adquiridos na construção do metrô

Alexandre Asquini

Faleceu na madrugada desta terça-feira, 27 de maio de 2025, em São Paulo, o engenheiro Plinio Oswaldo Assmann, personalidade de grande relevância para o setor de transporte público urbano e outros segmentos nos quais pôde contribuir com seus conhecimentos de engenharia e sua capacidade de liderança como administrador.

Nascido em 30 de outubro de 1933, em Piratuba, Santa Catarina, mudou-se com a família para a capital paulista no início da idade escolar. Formou-se engenheiro mecânico-eletricista pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), instituição na qual também lecionou por um curto período, antes de se direcionar para o setor siderúrgico.

Em 1971, foi convidado pelo então prefeito de São Paulo, Figueiredo Ferraz — seu ex-professor na Poli-USP —, para presidir a Companhia do Metropolitano de São Paulo. Permaneceu nesse cargo por seis anos, período em que o sistema foi posto em operação (1974), com a inauguração da Linha 1 – Azul (anteriormente chamada Linha Norte-Sul), e em que foram iniciadas as obras da Linha 3 – Vermelha (à época, Linha Leste-Oeste).

Assmann foi idealizador, fundador e primeiro presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), criada com o propósito de reunir especialistas e disseminar os conhecimentos adquiridos na construção do Metrô de São Paulo. Integrou o Conselho Diretor da União Internacional de Transportes Públicos (UITP), presidiu o Instituto de Engenharia de São Paulo e dirigiu o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Como secretário de transportes do governo do estado de São Paulo, no final da década de 1990, coordenou o processo de concessão dos sistemas rodoviários Anhanguera-Bandeirantes e Anchieta-Imigrantes. Participou ainda de diversos projetos de grandes obras e empresas em várias regiões do Brasil, incluindo a Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, na Bahia, e a Companhia Siderúrgica Paulista, em Cubatão (SP), empresa que também presidiu.

Casado há mais de 70 anos, Plinio Assmann deixa a esposa, Luiza Vidigal Gonzaga Franco Assmann, além de filhos, netos e bisnetas. O velório foi realizado no final da manhã e início da tarde do próprio dia 27 de maio, seguido da cerimônia de cremação.

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