Os bancos de montadoras esperam liberar R$ 297 bilhões para o financiamento de veículos em 2025, o que representará um aumento de 8,5% sobre os R$ 272,7 bilhões disponibilizados em 2024, segundo Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
A entidade destaca, no entanto, que será um ano desafiador, devido à alta taxa de juros. “A taxa Selic está em 13,25% ao ano e a expectativa é de que, para conter a inflação, os aumentos não cessem”, disse Paulo Noman, presidente da Anef.
Segundo o executivo, será preciso trabalhar com criatividade. “Oferecer soluções cada vez mais personalizadas, prazos mais flexíveis e pagamentos residuais no final do contrato, a chamada parcela “balão”, como já temos feito”, afirmou Noman.
Resultados de 2024
O montante de R$ 272,7 bilhões liberados em 2024 superou as expectativas da Anef, com aumento de 28,6% sobre os R$ 212,8 bilhões de 2023, quando o crescimento foi de 9% sobre o valor cedido em 2022.
O saldo total das carteiras atingiu R$ 483,8 bilhões, 15,7% superior em relação a 2023. O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) continua o preferido dos compradores e alcançou praticamente o total de financiamentos, atingindo R$ 272,2 bilhões, 28,5% a mais do que no período anterior.
Segundo a Anef, a participação das vendas financiadas de veículos leves voltou ao mesmo patamar de 2021, representando 46%. A inadimplência apresentou queda de 0,3 pontos percentuais para pessoa física e 0,7 pontos percentuais para pessoa jurídica. O presidente da Anef, atribuiu os bons resultados do ano passado ao aumento da concessão de crédito e aos indicadores de inadimplência. “Os subsídios oferecidos pelas montadoras às suas financeiras foram muito importantes para a performance do setor. Outro ponto positivo foi manter os indicadores de inadimplência em um patamar de estabilidade”, afirmou Noman.
Formas de escoamento das vendas
As vendas financiadas para caminhões e ônibus tiveram um pequeno decréscimo em 2024, representando 40%, enquanto em 2023 era de 41%. As vendas à vista aumentaram de 23% em 2023 para 25% em 2024 e o Finame permaneceu com 31% de representatividade.
Para os veículos leves, as vendas financiadas chegaram a 46% da totalidade, subindo seis pontos percentuais em relação a 2023, igualando-se ao índice de 2021. No ano anterior, a participação dessa modalidade foi de 40%. As vendas à vista tiveram queda em relação a 2023, de 56% para 50%. O consórcio fechou o ano com 4% de participação. No ano anterior, essa forma de escoamento de vendas teve 5% de representatividade nas vendas.
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