Mercado de ônibus terá um “céu de brigadeiro” em 2024

Para Roberto Leoncini, novo conselheiro da Mercedes-Benz, o destaque neste ano será o segmento rodoviário, que terá grandes renovações de frota para operações no mercado interno

Sonia Moraes

O mercado de ônibus deverá ter neste ano um “céu de brigadeiro”, segundo previsão de Roberto Leoncini, que a partir de fevereiro assume como novo conselheiro da Mercedes-Benz, após ocupar por dez anos o cargo de vice-presidente de vendas e marketing de caminhões, ônibus e peças & serviços da Mercedes-Benz do Brasil.

“O ano passado foi melhor do que a gente esperava e este ano será melhor ainda. Talvez nem tanto para a Mercedes-Benz porque não terá participação no Caminho da Escola, mas o mercado de ônibus como um todo vai ser maior e vamos ter grandes renovações de rodoviários que já estão acontecendo.”

Para Leoncini, neste ano o destaque será do segmento rodoviário. “Tem grandes grupos comprando ônibus para operação no mercado interno e, enquanto a passagem aérea continuar neste nível elevado os empresários vão continuar comprando esses modelos.”

Os urbanos também vão contribuir para o crescimento do mercado, mas numa intensidade menor, segundo Leoncini, porque no ano passado teve muita renovação dos grandes sistemas de urbano que não tinham comprado ônibus por causa da pandemia. “Temos entregas de urbanos programadas para este ano e isso vai aparecer no emplacamento.”

Leoncini destacou que o grande desenvolvimento no segmento de ônibus no Brasil foi o sistema de segurança nos rodoviários que ajuda muito o motorista e cuida dos passageiros e citou como grande desafio o elétrico.

O ônibus elétrico é ótimo, mas precisa de infraestrutura para coexistir dentro da cidade. Tem muito movimento político falando de volume e pouco movimento olhando a infraestrutura necessária para ter esse volume rodando. O grande desafio é conseguir construir a infraestrutura para as coisas acontecerem na medida que devem acontecer.”

Leoncini citou as condições das antigas garagens instaladas dentro da cidade de São Paulo e as dificuldades com os alagamentos quando chove e falta energia. “Imagina não ter energia para carregar quatro, cinco ou seis mil ônibus. É preciso pensar, planejar antes de lançar qualquer novo produto”, ressaltou.

“Vou continuar trabalhando com transporte, provocando todo mundo e a Mercedes-Benz para ela fazer o melhor possível com o transporte de carga e de passageiros no Brasil”, disse Leoncini.

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