Hamburgo será a sede do congresso mundial da UITP em 2025

As novidades do congresso mundial da UITP, em Barcelona: além do anúncio da sede da próxima edição do evento, conheça os destaques na área de tecnologia

Fred Carvalho, Barcelona

O congresso mundial da UITP em Barcelona ainda não terminou, mas já foi escolhida a cidade de Hamburgo para sediar o próximo grande evento bienal, em 2025, com abertura em 15 e encerramento em 18 de junho. A futura capital mundial dos transportes tem população de 3,67 milhões de habitantes, um avançado e eficiente sistema integrado de transportes, que movimenta mais de 700 milhões de passageiros por ano, 4.609 veículos de transportes, 27 operadores de transporte.

A cidade também é conhecida pela sua riqueza cultural, uma arquitetura impressionante e suas mais de 2.500 pontes. O sistema de transportes tem quatro linhas de metrô com 93 estacoes e seis linhas subúrbios com 69 estações, mas de 200 linhas de ônibus com mais de 10.000 pontos de parada, oito itinerários de ferry boats.   

O evento acontecerá em um grande complexo com centro de exposições – com 87 mil metros quadrados – e uma área de convenções com 12 mil metros quadrados. A expectativa da UITP para o evento são mais de 380 expositores –de mais de 40 países – em um espaço de 35 mil metros quadrados.

TECNOLOGIA

Transdata e MAIOR assinam acordo de cooperação

Na abertura do Congresso Mundial de Transporte Público, o presidente da UITP afirmou que este evento com participantes de mais de 100 países era uma oportunidade imperdível de fazer amigos e, também, fechar negócios.

Muitas amizades foram feitas e negócios fechados desde a abertura no último domingo. Um destes negócios foi assinado por Devanir Magrini- pela Transdata- e por Leopoldo Gerardi, da MAIOR. Tal acordo de integração técnica e parceria permite as duas empresas uma forte sinergia, desde indicações de negócios como projetos em comum. “A busca de novas oportunidades, o estabelecimento de parcerias permite abrir novos horizontes”, sintetiza Magrini. 

O segredo da interoperabilidade

Há mais de duas décadas, com o surgimento dos primeiros sistemas eletrônicos de controle, apareceram também as dificuldades de integração, das possibilidades de um programa conversar com o outro. Um dos primeiros casos, tornou-se famoso, foram os sistemas dos belgas que não entendiam os franceses. E estas incompatibilidades permitiram o surgimento da Calipso, uma associação de integradores, operadores de transportes, órgãos governamentais e industrias.

Se já no surgimento foi bem vista pelos governos, houve restrições dos fornecedores de sistemas de controles dos transportes. Afinal julgam ser esta entidade uma eventual concorrente ou mesmo mais uma empresa a interferir na normalidade dos negócios. “O nosso objetivo é único: dar uma interface que torne todos os produtos amigáveis. A famosa interoperabilidade, um grande palavrão que facilita a vida dos operadores”, sintetiza Luiz Fernando Portella, CCO da Calypso.

“Qualquer produto tem de ter interface”, explica Paulo Barreto, responsável pela área técnica, “e nosso objetivo é desenvolver e certificar todos os programas dentro das normas ISO. A ideia nossa é ser um hub tecnológico para entendimento e conversão destas linguagens”.

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