Em resposta a um chamado da prefeitura de Curitiba (PR) que, através de uma PMI (Proposição de Manifestação de Interesse) solicitou à iniciativa privada que apresentasse soluções para melhorar a mobilidade urbana da cidade, a Volvo Bus Latin America desenhou o Civi-City Vehicle Interconnect, uma nova versão do sistema BRT (Bus Rapid Transit), que inclui o conceito de conectividade para elevar a cidade ao status de Smart City.
Esse projeto prevê a implantação de 300 novas estações conectadas por fibra ótica, com monitoramento e informações geradas e divulgadas em tempo real para os passageiros através de painéis, internet e aplicativos para celulares.
Um dos diferenciais do Civi é que nos pontos de intersecção do trajeto, nos faróis, apenas a via dos veículos continua passando em nível e a via segregada do ônibus desce por um túnel, com a construção de estações subterrâneas, o que contribui para aumentar a velocidade operacional. Na superfície, o plano é valorizar a paisagem urbana, com a construção de um grande boulevard ou um parque, aumentando a qualidade de vida das pessoas, com mais espaço, ciclovias, árvores e áreas de passeio.
Ayrton Amaral, especialista em mobilidade urbana da Volvo Bus Latin America, defende que os ônibus precisam ter preferência nos cruzamentos para manter uma velocidade média superior. “Não podemos deixar que veículos com 300 passageiros parem em cada semáforo para passar meia dúzia de automóveis, isso faz uma diferença muito grande na rapidez do próprio sistema, é preciso ter estações exclusivas e portas largas, para que o fluxo seja mais rápido, isso tem importância tremenda na velocidade média operacional”, diz.
O projeto de Curitiba prevê um túnel de quatro quilômetros e seis estações de alta capacidade. A ideia é que essas estações subterrâneas tenham o mesmo nível de qualidade das estações do metrô, com escadas rolantes, elevadores e sistema de segurança, além da possibilidade de instalar outros serviços para os passageiros.
“O Civi, na nossa concepção, é a evolução do BRT, dá um passo além, fazendo com que o sistema tenha velocidades operacionais superiores porque está deixando de brigar na superfície”, declara Amaral.
O projeto abrange cinco trechos que conectam Curitiba e região metropolitana e engloba cerca de 100 quilômetros de rede de transporte totalmente conectada, com expectativa de capacidade para perto de 450 mil pessoas por dia.
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