Abrati e Ministério Público do Trabalho firmam parceria no combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo

A iniciativa faz parte do projeto “Liberdade no ar” que tem o intuito de treinar o olhar da sociedade, para identificar e coibir violações relacionadas ao tema

A Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério Público do Trabalho (MPT) com o objetivo de realizar ações de prevenção ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo.

A iniciativa faz parte do projeto ‘Liberdade no ar’ que prevê a divulgação de vídeos sobre o tema em monitores televisivos de terminais rodoviários, além de cartazes de conscientização para sensibilizar e alertar a sociedade sobre os perigos envolvendo as falsas promessas. Os vídeos serão disponibilizados nos murais de avisos das rodoviárias, nos guichês e nas redes sociais da entidade e de seus associados.

De acordo com Cristiane Sbalqueiro, coordenadora do projeto ‘Liberdade no Ar’ pelo MPT, o acordo com a Abrati é de suma importância para alcançar milhões de pessoas. “O transporte rodoviário é o que mais movimenta passageiros no país, nos mais de 120 mil km de estradas federais. Muitas pessoas, hoje mesmo, podem estar viajando para aceitar propostas de trabalho ‘encantadoras’, mas que, na realidade, são o chamariz para o tráfico de pessoas para fins de trabalho escravo. Por isso, é urgente veicular a campanha de prevenção nos entrepostos de transporte de passageiros, sendo fundamental o apoio da associação, que congrega as maiores empresas do setor”, ressalta.

Para Letícia Pineschi, porta-voz da Abrati, “essa é uma parceria muito significativa e uma oportunidade imperdível de levar conhecimento sobre o tema para funcionários do setor e usuários do transporte terrestre de passageiros, que muitas vezes nunca ouviram falar sobre essa terrível violação dos direitos humanos”, destaca.

O ‘Liberdade no Ar’ é uma iniciativa nacional de prevenção ao tráfico de pessoas, com o objetivo de reduzir a condição análoga a de escravo no Brasil.

O projeto foi inspirado na história da comissária de bordo Sheila Fedrick, que salvou uma menina vítima de tráfico de humano em 2011, após desconfiar do modo como o acompanhante dela a tratava durante voo entre as cidades americanas Seattle e San Francisco.

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