ZF destaca tecnologias para mercado de ônibus

As soluções em eletrificação estão no radar da ZF para o mercado brasileiro, seguindo a tendência de eletromobilidade global da marca

Com foco no avanço dos veículos elétricos, a ZF anuncia a homologação do AVE AxTrax, um eixo de tração elétrica, que pode ser combinado com as configurações de célula híbrida e combustível, ou ser alimentado por bateria. O componente também pode equipar modelos de ônibus de piso baixo.  

“O Euro 6 abrirá novas perspectivas para os eixos elétricos no mercado brasileiro. Nesse sentido, o AVE AxTrax, por exemplo, estará homologado para produção em série a partir de agosto deste ano no país”, afirma Sílvio Furtado, diretor de soluções para veículos comerciais e tecnologia industrial da ZF América do Sul.

Com o CeTrax lite e os modelos CeTrax 318 ou 336, a ZF expandiu sua linha de drivelines elétricos para veículos comerciais com peso total permitido de até 20 toneladas. Ambos possuem estrutura integrada do sistema de tração central elétrico, que reúne um motor elétrico, uma unidade eletrônica, inversor e uma transmissão. Nos modelos CeTraX 318 ou 336 o inversor e a unidade eletrônica são integrados à carcaça do motor. Dessa forma, a unidade eletrônica não precisa ser ligada separadamente ao motor elétrico, uma vez que essa conexão já vem pronta no componente. Os sistemas oferecem flexibilidade na instalação em plataformas já existentes de veículos, evitando que a montadora tenha que fazer maiores ajustes nos chassis ou eixos.

“Com nossos modelos de produtos voltados para eletromobilidade, as montadoras podem reduzir gastos que seriam necessários para o desenvolvimento e instalação. A ZF está se concentrando primordialmente nas montadoras e frotistas que, no contexto de uma estratégia de plataforma, necessitam mudar os atuais modelos convencionais para produzir versões movidas a eletricidade”, diz Furtado.

A ZF é detentora da tecnologia presente no eixo elétrico AVE 130, que possui dois motores assíncronos refrigerados com água em cada roda, com potência individual de 125 kW, ou seja, ao todo 250 kW, o que corresponde a 340 cavalos de potência. Assim como a solução em eixo frontal independente, o eixo elétrico AVE 130 foi criado pela ZF para gerar uma variedade de tipos de ônibus, com grande poder de tração.

“É uma linha de atuação que está de acordo com o que muitas montadoras no Brasil querem nos dias de hoje, que é ter um produto feito sob medida para equipar seus diferentes modelos de caminhões e ônibus que são comercializados no país, de acordo com as necessidades locais, onde há estradas, ruas, longas distâncias, zonas climáticas e topografias muito particulares. E nós estamos prontos para atender este tipo de anseio, já que estamos no Brasil há mais de 60 anos e conhecemos toda a realidade do país”, comenta Furtado.

Segundo a ZF, a instalação do eixo elétrico AVE 130 não exige mais espaço do que um eixo pórtico convencional, o que significa economia para as montadoras, já que não precisam desenvolver plataformas específicas para as soluções de eletromobilidade. O eixo elétrico AVE 130 pode ser combinado com praticamente todas as fontes de energia, como baterias, supercapacitores, células de combustível e linha elétrica superior, sem contar que é perfeitamente adequado a conceitos híbridos seriais e versões plug-in. Graças aos componentes padronizados de alto volume, sua facilidade na manutenção completa o pacote que a ZF preparou com o eixo elétrico AVE 130 para o novo mercado de ônibus urbanos que nasce no Brasil.

O eixo frontal independente RL 82 EC é outro destaque da ZF e foi criado para ônibus de entrada baixa e de dois andares. Trata-se de uma inovação em tecnologia de eixos, segundo o fabricante. O alto nível de deflexão das rodas reduz significativamente o círculo de viragem em comparação com os eixos rígidos. Outras vantagens incluem alta carga por eixo e maior conforto e redução do rolamento da carroceria. O RL 82 EC é ideal para ônibus com largura de 2.300 a 2.600mm.

De acordo com a ZF, a transmissão EcoLife já equipa 30% dos ônibus em circulação no Brasil e nos outros países da América do Sul. A troca automática de marchas permite à transmissão se adaptar às características da topografia das rotas feitas pelos ônibus. Quando o veículo está em uma via plana, o sistema seleciona automaticamente a característica de mudança mais econômica e adequada. Se o terreno ficar íngreme, o software adapta perfeitamente a seleção de pontos de mudança para a marcha apropriada.

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