Brasília: passageiros poderão pagar passagem de ônibus com cartão bancário

A frota começa aceitar cartões contactless; outra novidade é o lançamento do cartão pré-pago multifuncional Cartão + Cidadão, que pode ser utilizado em compras, saques e no transporte Em Brasília, os usuários do transporte público passam a contar com mais uma opção para pagamento da tarifa, podendo utilizar cartões de débito e crédito desde que […]

A frota começa aceitar cartões contactless; outra novidade é o lançamento do cartão pré-pago multifuncional Cartão + Cidadão, que pode ser utilizado em compras, saques e no transporte

Em Brasília, os usuários do transporte público passam a contar com mais uma opção para pagamento da tarifa, podendo utilizar cartões de débito e crédito desde que tenham a tecnologia sem contato.

Para pagar a passagem, a partir de agora, basta aproximar o cartão bancário do validador, tal como é feito com cartões de transporte convencionais. Não é necessário digitar nenhuma senha. Até então, só era possível o pagamento, diretamente ao cobrador, por meio de cartões específicos do sistema de transporte ou em dinheiro.

Além dos cartões bancários sem contato, o sistema também é compatível com smartphones

equipados com NFC, por meio de carteiras virtuais.

A medida é resultado de uma parceria entre a Mastercard e a Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal, a Transdata, o Banco Regional de Brasília (BRB), por meio da BRB Card, e a Urbi, proprietária dos ônibus em que a tecnologia foi implantada. Inicialmente, 65 ônibus da empresa aceitarão a nova modalidade de pagamento, que, segundo o secretário de mobilidade, Fábio Ney Damasceno, alcançará todos os 3,5 mil ônibus do Distrito Federal progressivamente.

“Esperamos que até o fim do ano 500 veículos já estejam atualizados”, afirma.

Outra novidade é o lançamento do Cartão + Cidadão, um modelo pré-pago que pode ser usado para pagamentos e saques e agora também é aceito no transporte público do Distrito Federal. Qualquer cliente da BRBCard pode solicitar o seu cartão multifuncional por meio do site. Brasília é a primeira a adotar o modelo após seu lançamento ofi cial no Brasil, realizado em abril pela Mastercard. Os principais objetivos desse projeto são promover a inclusão financeira, por meio do acesso e uso de serviços financeiros formais, melhorar a mobilidade urbana e, principalmente, facilitar a vida do consumidor.

A BRBCard é a primeira empresa da capital federal a lançar um cartão com múltiplas funções que permite a todos os seus usuários, sem distinção, o acesso a um produto popular, capaz de atender uma diversidade de necessidades do dia a dia de seus clientes. De acordo com a companhia, a ideia inovadora de ter vários serviços em um só produto é muito significativa para agregar e incluir todos os públicos utilizando o mesmo cartão. “É um dos benefícios que uma smart city pode ter. As pessoas não precisarão mais possuir mais de um cartão. Além disso, não terão necessidade de andar com dinheiro para pagar passagem“, ressalta Damasceno.

Um levantamento realizado pela Mastercard estima que aproximadamente 30% dos pagamentos no transporte público no Brasil são feitos em dinheiro, o que gera custos operacionais e logísticos para as empresas de ônibus e demais operadores, além dos problemas com falta de troco e relativos à segurança. Com o objetivo de desenvolver soluções para tornar as cidades cada vez mais inteligentes, a empresa trabalhou junto aos seus parceiros para viabilizar a aceitação do Cartão + Cidadão no transporte público de Brasília.

Segundo a diretora de desenvolvimento de negócios da Mastercard, Fernanda Caraballo, a empresa acredita que os pagamentos eletrônicos podem contribuir para um mundo com mais oportunidades para todos e trabalha para criar condições em que o dinheiro físico não seja mais necessário.

“Além de viabilizar a inclusão financeira, o Cartão + Cidadão contribui para que cidades sejam mais conectadas, seguras e eficientes. Por meio de parcerias, desenvolvemos projetos que promovem eficiência, transparência e redução de custos, oferecendo conveniência e satisfação para os usuários e melhorando a mobilidade das grandes cidades”, completa.

Outra solução da Mastercard para a mobilidade urbana da capital federal foram as bicicletas compartilhadas, que estão espalhadas pela cidade. “Atualmente, temos uma frota de 480 bicicletas e, desde o início desse projeto, em 2017, já beneficiamos mais de 180 mil usuários, que realizaram mais de um milhão de viagens”, diz Caraballo.

Pioneirismo – A empresa de transporte coletivo Urbi será a primeira da cidade a aceitar cartões bancários contactless como forma de pagamento. Até outubro, 65 ônibus da frota estarão adaptados para o pagamento por aproximação. Com isso, o pagamento da passagem poderá ser realizado por meio de qualquer cartão com tecnologia sem contato, carteiras digitais de smartphones e wearables. Neste primeiro momento, apenas nove ônibus que fazem a ligação entre o Recanto das Emas e o Plano Piloto estão aceitando a nova forma de pagamento.

A Transdata, que desenvolveu os validadores instalados nos ônibus e a interface para leitura dos cartões bancários, participou de todas as etapas do projeto. “A empresa atende Brasília desde 2006 e está muito honrada em fornecer tecnologia e serviços para um projeto de mobilidade urbana tão importante e inovador quanto esse, tal qual ocorre nos sistemas de transporte mais avançados do mundo, como em Londres, Madrid e Cingapura. Esta iniciativa facilita ainda mais a locomoção dos passageiros do sistema, não só dos moradores do Distrito Federal, mas também de passageiros eventuais e turistas que visitam a capital federal”, observa Paulo Roberto Tavares, presidente da companhia.

A Transdata irá entregar um total de 65 equipamentos, sendo que dez já foram instalados e os demais têm previsão de instalação até a segunda quinzena de outubro. ”Foi efetuada uma adaptação dentro do sistema e da tecnologia dos validadores atuais”, informa Devanir Magrini, diretor de negócios da Transdata. Os validadores são basicamente os mesmos, mas está sendo instalada uma tecnologia wireless para funcionar como uma máquina de cartões de débito e crédito.

Para Magrini, é importante desenvolver opções de pagamento que se mostrem atrativas para o usuário e não sejam custosas para os operadores. “A busca constante pela retirada do dinheiro a bordo tem feito com que todos os envolvidos nessa rede de meios de pagamento busquem equacionar os melhores custos possíveis para permitir que essa seja uma solução tecnológica interessante para concessionários.

Acreditamos que estamos no caminho para cada dia mais reduzir esses custos, de modo que a inclusão financeira dos usuários pelos diferentes meios de pagamento se torne mais atraente e, consequentemente, viabilize as novas aplicações que virão”, explica.

A medida promete facilitar a vida das empresas e dos usuários, visto que muitas vezes falta troco e a circulação de dinheiro torna o transporte mais vulnerável a assaltos. No Distrito Federal, cerca de 1,5 milhão de pessoas utilizam o sistema de transporte público diariamente.

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